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Drex: o que é e qual a diferença do Drex e do PIX?

Vinicius Casagrande

Banco Central prevê o mesmo sucesso do Pix para moeda digital brasileira

O Real vai ganhar uma versão digital. O Banco Central anunciou que a nova moeda vai se chamar Drex e a expectativa é que seja lançada no final de 2024. O desenvolvimento teve início em 2022 com o nome de Real Digital e, agora, o projeto passa a ganhar mais robustez com o avanço dos testes e melhorias.

O Drex será a representação digital do Real que já utilizamos no dia a dia, feita em uma plataforma com tecnologias que permitem a prestação de serviços financeiros. Haverá duas versões. Uma será voltada ao atacado, utilizada pelo Banco Central e instituições financeiras autorizadas para pagamentos. A outra será utilizada pelas pessoas. A diferença para o papel-moeda é que o Drex será armazenado em meios digitais.

"O Drex vai trazer mais rapidez, praticidade e menor custo para várias transações contratuais e financeiras que fazemos hoje", afirma Maurício Moura, diretor de relacionamento, cidadania e supervisão de conduta do Banco Central.
A nova moeda digital poderá ser utilizada em diversos serviços financeiros, desde pagamentos cotidianos até transações mais complexas. “Da mesma forma que o Pix democratizou o acesso a serviços de pagamentos, o Drex está sendo desenvolvido para democratizar o acesso a serviços financeiros, como crédito, investimento e seguros”, explica o Banco Central em nota.

Drex x Pix
Desde o anúncio do nome da nova moeda, o Drex passou a ser bastante associado ao Pix. No entanto, eles não têm uma relação direta. O Pix é um meio de se fazer transações financeiras e pagamentos, enquanto o Drex é o dinheiro propriamente dito, mas na versão digital. No futuro, é possível que se faça um Pix utilizando o Drex. 
"Desde o seu lançamento, o Pix logo foi incorporado como palavra corrente no dia a dia. Hoje, todos falamos 'fazer um Pix'. Em breve, também falaremos 'usar um Drex'", prevê o diretor do Banco Central.

Transações mais ágeis e seguras
O Drex poderá dar mais segurança e agilidade a diversas transações financeiras, de investimentos até a compra de veículos. Para explicar como funcionará na prática, o próprio Banco Central cita como exemplo a compra e venda de um carro ou de imóveis e como o Drex poderá eliminar certos riscos. Aquele receio de vender um bem, transferir a propriedade e não receber o dinheiro, ou vice-versa, será eliminado com a tecnologia adotada pelo Drex. 

"Com a função de programabilidade do Drex, não importa quem vai fazer o primeiro movimento, pois o contrato só será concluído quando as duas coisas acontecerem. Assim, dinheiro e a propriedade serão transferidos de forma simultânea. Se uma das partes falhar, o montante pago e o carro voltam para seus respectivos donos", exemplifica o diretor do Banco Central.

A mesma lógica poderá ser utilizada no transporte de valores, com o pagamento condicionado à entrega física do ativo, que pode ser ouro, pedras preciosas, cédulas de dinheiro ou produtos eletrônicos, entre outros. Com uma empresa em constante transformação digital, a Brink’s acompanha todas essas tendências para aprimorar sempre seu modelo de negócio.

Drex não é criptomoeda
Apesar de estar no meio digital e também utilizar tecnologia de blockchain, o Drex não pode ser considerado uma criptomoeda. A diferença é que ele será regulado pelo Banco Central e não terá variação em relação ao Real. Um Drex valerá sempre um Real.
Isso será possível com o uso de smart contracts. O Drex utiliza tecnologias de registros distribuídos (DLT, do inglês Distributed Ledger Tecnology), similares à blockchain, e que permitem a automação de transações financeiras.

Drex terá custo
O Drex, em si, não terá custo. O que poderá eventualmente serem cobradas são taxas relacionadas aos serviços financeiros. Segundo o Banco Central, “caberá à instituição definir o custo para o serviço ofertado, seguindo a regulação e considerando o ambiente competitivo, podendo mesmo ser gratuito ou significativamente inferior ao custo de serviço similar anterior à adoção do Drex”.

Escolha do nome
Segundo o Banco Central, a combinação de letras forma uma palavra com sonoridade forte e moderna: “d” e “r” fazem alusão ao Real Digital; o “e” vem de eletrônico e o “x” passa a ideia de modernidade e de conexão, do uso de tecnologia de registro distribuído (Distributed Ledger Tecnology – DLT), tecnologia adotada para o Drex. 

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